Nas Garras do Cão Feroz
Na ilha de Boriquén, que Colombo chamara de San Juan Bautista, após te-la descoberto em sua segunda viagem, só havia dois seres que os nativos e seus aliados caribes temiam. (1) O primeiro era Diego de Salazar, o espanhol que mais se destacara na conquista da ilha. Tinham tanto medo dele que evitavam dar batalha na direção de onde ele vinha. Mesmo muito doente, Salazar era levado pelo exército para que os índios soubessem que ele estava presente, pois quando viam que era outro capitão que chefiava a tropa, falavam com desprezo: - Não tenho medo de ti! Tu não és Salazar. O segundo era o fiel companheiro de Salazar, o cão de guerra chamado Becerrillo, vindo da Ilha de Hispaniola, que pertencia ao Governador de Boriquén, Juan Ponce de León. (2) Esse cachorro castanho avermelhado de focinho preto tinha tamanha importância nas guerras que se travavam contra os indígenas que chegava até a ganhar o soldo de um balesteiro, que ia para o bolso de seu dono. Além de enorme ferocidade ...