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Os Negros Lavinos de PORTALEGRE

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       Conta meu primo Toinho Cavalcante que a minha bisavó Ana Cândida Cavalcante, que o criara, era galega dos olhos azuis, vinda de uma família de origem italiana que trabalhava com artefatos de couro em Santana do Matos, Rio Grande do Norte, daí os indivíduos masculinos dessa família ganharem o apelido de Curtidor.     Ana nascera em Santana do Matos no dia 17 de dezembro de 1894. Sua família, ao que parece, se mudara para Martins logo que se iniciara o Século XX, pois seu irmão José nascera em 1901 nesse município. Viviam no "Sítio Bom Princípio", propriedade de sua família.     Foi visitando parentes em Portalegre, conforme me narrou Joana (1), sua filha caçula, que Ana acabou conhecendo meu bisavô Luís, que pertencia aos Negros Lavinos de Portalegre. Lavino era o apelido que uns Baptista de Oliveira de Portalegre usavam. Desconheço a origem. Assim, Luís Lavino na maioria dos registros está como Luís Baptista de Oliveira, assim como seu filh...

Descendência do Misterioso Frade do Apodi

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       É por causa de dois de seus alunos que se tornariam padres famosos que o Professor Francisco Saturnino dos Reis , meu pentavô, que já lecionava no Apodi como particular por volta de 1824, que ele entraria para a História de Mossoró através dos preciosos escritos que nos foi deixado por Francisco Fausto de Souza . Um deles, o Padre Antônio Joaquim Rodrigues , se tornaria um político de enorme prestígio em Mossoró. Enquanto o outro, Padre Longino , ficaria conhecido pela autoria de fatos polêmicos que escandalizariam os habitantes de Mossoró e Apodi.     O Professor Francisco Saturnino foi o fruto de um amor proibido, entre um frade, que quebrara seu voto de castidade, e, possivelmente, com alguma prima, sendo ambos, provavelmente de uma família poderosa da região de Mossoró, já que Fausto diz apenas que meu pentavô era filho natural de um frade leigo, conhecido como Irmão Reis (1).       Os frades leigos , ao contrário dos clérigos...

Lembrança que deixo para aqueles que de mim descenderem, saberem donde vim, porque para onde vou ao Deus pertence

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  Alegrei-me ao ler essa frase pela primeira vez - o autor dela demonstrou interesse em deixar aos seus descendentes a história de sua origem, além de garantir que não seria esquecido ao longo dos séculos.  Conheci ela através de um amigo, Marcelo de Oliveira Soares, com quem tenho parentesco, ao me apresentar o artigo GENEALOGIA DOS SOARES DE MACEDO, ARAÚJO, FURTADO, de Antonio Soares de Macedo. Nele consta que Manoel Lopes de Macêdo, 4° avô materno de Antonio, deixou a seguinte anotação para seus descendentes: " Lembrança que deixo para aqueles que de mim descenderem, saberem donde vim, porque para onde vou ao Deus pertence.  Papari, 24 de dezembro de  1710. ”Eu, Manoel Lopes de Macêdo, filho legítimo do capitão de mar e guerra  Manoel Lopes de Macedo e D. Adelaide Cabral de Macedo, nasci a 24 de  dezembro de 1670; foram meus padrinhos o Dr. Antônio Freire de Amorim e sua  mulher, D. Bárbara Freire de Amorim, meus ilustres sogros. “Embarquei na cida...

MARCOS PINTO, um conhecedor do SOBRENATURAL NA GENEALOGIA

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  Relutei por algum tempo em recorrer a ele. Não era possível que nenhum dos genealogistas da nova geração que eu conhecia, nascidos e criados no Oeste Potiguar , grandes pesquisadores, não soubessem a origem do apelido JOSÉ DIABO de José Joaquim de Oliveira (1). Catalogado na Genealogia do Alferes Manuel Nogueira de Lucena  (2) como Tn 43 (trineto 43) no livro AS DEZ GERAÇÕES DA FAMÍLIA CAMBÔA , o autor Lauro da Escóssia acrescentara o apelido sem que descrevesse, no entanto, a origem. A curiosidade acerca desse apelido me surgira bem antes de ler o livro de Escóssia - veio ao analisar a Árvore Genealógica de uma bisneta de José Diabo, que tinha correspondência de DNA comigo. Mas a nenhum dos genealogistas que perguntei surgira a curiosidade e a motivação para descobrir sobre essa estranha alcunha de José Joaquim de Oliveira. Só Marcos Pinto deveria saber a resposta. E sabia. Era o dia 19 de julho de 2022, quando entrei em contato com o Doutor Marcos Antonio Pinto , advogad...

Por mais mirabolante que lhe pareça, não deixe de registrar nenhum episódio de sua HISTÓRIA FAMILIAR

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  Norton Guimarães de Castro, que pesquisa antepassados daqueles que procuram obter  dupla cidadania Italiana ou Portuguesa, amigo a quem sou muito grato por me ensinar os rudimentos da Genealogia, narrou uma história curiosa sobre sua família - história que veremos se repetir, de alguma forma, em várias outras famílias. Descobrira que seu pentavô, o Capitão-Mor Manoel José de Melo, hospedara Dom Pedro I em Guaratinguetá, São Paulo, no dia 19 de agosto de 1822 - faltando menos de um mês para que o Príncipe proclamasse a Independência do Brasil⁴. Ao contar aos seus familiares que eles tiveram um antepassado que participara de um evento importante na História do Brasil, Eny Salgado de Castro, sua tia paterna, revelou que já ouvira isso da mãe, já falecida. Mas Eny não passara a história familiar para frente. Se não fosse o Norton, o restante da família permaneceria sem saber. É o que acontece com milhares de famílias. Se alguém não anotar qualquer fato digno de nota que ocorrera...

ACONTECIMENTO ESTRANHO durante enterro faz lembrar TRADIÇÕES FAMILIARES

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Foi numa terça-feira deste mês de outubro de 2022 que ele estava sendo enterrado. O Céu acinzentado combinava com o triste evento de uma pessoa que ia partindo deste mundo terreno com menos de 40 anos. A tristeza de saber que o pai fora assassinado pouco antes dele nascer o fizera crescer desmotivado, se entregando à bebida e às drogas. Sem dar certo em nenhum emprego, felizmente não deu também nem em sua única participação de um assalto - a curta prisão de poucos dias serviu para não mais se aventurar no submundo do crime. Uma familiar dele me contou que algo estranho acontecera durante o enterro. A terra para encher sua cova não fora suficiente. O coveiro teve que preencher com terra de outra cova. Ainda assim, não ficou sobre sua sepultura aquele monte de terra acima do nível do solo, característico de enterros. Impressionada, ela relatou à mãe, conhecedora de velhas tradições. A mãe contou que quando isso ocorre é porque a pessoa não fora um justo em vida. No caso dele, embora a mã...

A Verdadeira ORIGEM DO POVO BRASILEIRO que até hoje tentam ocultar

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No início dos anos 20 do século passado ainda eram vivos vários membros da Nobreza da época do Império . Possuíam um riquíssimo material que incluía livros de Genealogia, Heráldica, Cartas Patentes, além de outros documentos importantes para a compreensão da Origem das Famílias Brasileiras. Mário Melo , do Instituto Arqueológico Histórico e Geográfico Pernambucano , no DIÁRIO DE PERNAMBUCO , de 7 de novembro de 1925, relata que receoso de se perder este vasto conhecimento com a morte dessas pessoas, dera início a um estudo sobre a Genealogia Pernambucana. Solicitou à várias famílias remanescentes da Nobreza que o ajudassem nesta empreita, fornecendo as informações que possuíam. Mas ninguém atendeu, mesmo ele pertencendo ao Instituto Histórico! Preferiram levar para o túmulo todo o conhecimento que possuíam! Mário também já questionava, no mesmo artigo, a divulgação da ORIGEM CRIMINOSA BRASILEIRA - ele cita Elysio de Carvalho , que já falava que os degredados que eram mandados para cá...